Para
refletir: Ítalo Calvino “O modelo dos modelos” na perspectiva do Atendimento
Educacional Especializado (AEE).
Analisando todas as fontes literárias
estudada em torna das deficiências é oportuno salientar o quanto é importante e
necessária acuidade para uma precisa observação
uma ótica diferenciada, não pelo
um âmbito da desigualdade, mas pelo o acreditar, não desistir de alguém e
acreditar sim o no seu potencial como enfatiza Eugenio Cunha no seu livro:
(Autismo e inclusão 3ª Edição pag. 15) “ não existe o fundo do poço para a
inteligência humana e que há sempre uma saída que qualquer um pode enxergar, e
só desejar” No texto de Ítalo Calvino é
citado o pensamento de Palomar:
“Houve na vida do
senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um
modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo,
verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na
experiência; terceiro proceder às correções necessárias para que modelo e
realidade coincidam.”
Nesse momento o senhor Polamar tem um olhar
focada em partes em um modelo pronto e acabado e predestinado a todos de um
modo geral. Para o AEE sabe-se que
desenvolvimento do aluno com deficiência é preciso de uma estimulação
especifica e individualizada e é importante lembrar que cada caso é único e que
cada criança precisa ser estimulada com base nas suas habilidades
respeitando-se o tempo de aprendizagem. No texto podemos perceber esse desencontro
de parte com o todo:
“Mas se por um instante ele
deixava de fixar a harmoniosa figura geométrica desenhada no céu dos modelos
ideais, saltava a seus olhos uma paisagem humana em que a monstruosidade e os
desastres não eram de todo desaparecidos e as linhas do desenho surgiam
deformadas e retorcidas.”
No entanto as regras do senhor Palomar
foram se modificando:
“Agora já desejava
uma grande variedade de modelos, se possível transformáveis uns nos outros
segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a
uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no
tempo e no espaço.”
Entretanto essa e mais
uma razão incumbida ao AEE a qual tem
obrigação de desenvolver e elaborar estratégias modelos que facilite a
aprendizagem das pessoas com necessidades especiais e que esses modelos seja
flexível e respeitando o seu tempo.
“Analisando assim as
coisas, o modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter
modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo
para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio.”
E nesse contexto que entra a qualidade do
ensino, como os professores de AEE como também os das salas comuns que devem adotar uma postura diante de
situações ou das adversidades.
“Neste ponto só restava a Palomar apagar da mente os modelos e os modelos
de modelos. Completado também esse passo, eis que ele se depara face a face com
a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”,
os seus “nãos”, os seus “mas”.”
Para atuar no AEE, os
professores deve ter formação especifica para este exercício, que atenda aos
objetivos da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Que tem o
objetivo de identificar elaborar, produzindo e organizar serviços, recursos
pedagógicos, de acessibilidade e
estratégias, considerando as necessidades especificas dos alunos de forma a
construir um Plano de atuação para elimina-los. MEC (SEESP, 2009). . “ Cada
aluno deve ter o seu Plano do AEE individual que resulta das escolhas do
professor quando aos seus recursos, equipamentos, apoio mais adequados para que
possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de ter acesso ao que lhe é
ensinado. Ao identificar certas necessidades do aluno, o professor de AEE
reconhece também as suas habilidades e a partir de ambas, traçar o seu plano de
atendimento. Como bem nos afirma Calvino no seu texto.
“Para
fazer isto, melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com
a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não
demonstráveis. Não é uma linha de conduta da qual possa extrair satisfações
especiais, mas é a única que lhe parece praticável.”
Referencias:
Coletânea UFC-MEC: A
educação especial na perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo: 01,02.
Ítalo Calvino, O Modelo
dos modelos, UFC, 2014.